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Vários Autores. Artigo de João Luiz Pinaud: A Globalização pensa a miséria? , pág 109.
Norberto Bobbio ("De Senectute", Einaudi, 1996) considerando as últimas mudanças se confessa perplexo e descrente de paradigmas como o da globalização. Anota que seria importante alguém continuar com a esperança de achar soluções. Poderia ser essa a atitude do homem comum (aquele que vive do seu trabalha) latino-americano, africano ou do grande Caribe? 0 que responder - se ainda pudessem ser encontrados, um daqueles velhinhos eruditos, superados e exaustos de tanto estudar, pesquisar e refletir?, insistindo em ler Marx e outros autores não comprometidos com o poder político de espoliar povos? Sabemos todos que a palavra globalização traduz avassalante e irresistível montagem do capitalismo internacional. Mas não está claro: última novidade conceitual? Nova realidade política ou modalidade moderna de continuar explorando? Reconhecemos que a palavra possui eficácia semântica mágica. Tomou-se maravilhoso ser " neo" globalizante, liberal e, portanto, pósmoderno. Entretanto, um daqueles velhinhos mencionados nos informaria: estamos diante de idéias antiquíssímas, além de viciadas e distorcidas. Sempre existiu, nos vários trajetos do pensamento humano, e até em algumas experiências históricas (Pan-helenismo), o impulso de ultrapassar os limites da cidade, feudos, baronias; ou de um país e atingir dimensões globais. Curiosamente a idéia da universalização é anterior, inclusive, à própria formação dos estados nacionais. O homem não ligado apenas à sua aldeia, seu reino ou sua nação porque pertence a um mundo maior. (...) |